terça-feira, junho 22, 2010

O parto

Não é preciso estar grávida ou ter por perto alguém nesse belo estado para ter já ouvido pelo menos 1 pessoa a falar da questão parto em hospital publico versus parto em hospital privado, aliás, com o baby boom que se deu também por aqui na blogosfera já muito se tem falado disto por aí, o que é normal, a questão é que se repararem bem vão perceber que a maior parte das pessoas continua a ter esta opinião: "Eu cá vou ter no publico porque no privado quando algo não corre bem acabam por mandar as grávidas e os bebés para lá para se resolver o problema", para mim e desculpem se vou ferir susceptibilidades, isto é a típica frase feita de quem no século passado ouviu uma história mal contada de uma conhecida de uma conhecida de um amigo de uma amiga de uma prima de fulano de tal que foi para o privado e trinta por uma linha e algo que não correu bem e que não está bem informado e actualizado de como as coisas funcionam agora na realidade!
Um azar acontece seja no publico ou seja no privado a diferença é que no privado não vão colocar a Mãe e o bebé em risco durante o tempo que por vezes acontece no publico, por exemplo no privado se o parto está a ser induzido já há algum tempo e a coisa não se está a dar opta-se pela cesariana enquanto no publico segue-se o protocolo e a parturiente está em sofrimento horas, dias até se chegar a brilhante conclusão de que não pode mesmo ser parto natural e às vezes acontecem aqueles grandes azares por causa deste protocolo...

Não me venham com a conversa de que não precisam de um hotel para ter o vosso bebé, não é nada disso que se trata e nestas horas não é, de todo, o mais importante, o que interessa mesmo é ter a certeza de que a equipa vai fazer sempre o melhor para que a Mãe e o bebé não corram qualquer risco e isto eu pessoalmente só teria a certeza se o meu parto fosse acontecer num hospital privado e não vai, não por opção minha (há muita gente que usa isto como justificação, enfim) é mesmo porque o meu seguro não tem um plafond suficiente para parto, assim sendo optei por escolher uma obstetra que me pareceu profissional e humana e que fazia banco num hospital publico e assim rezar para que a sorte esteja do meu lado quando chegar a altura porque nos hospitais públicos não me venham com tretas, o que é preciso é mesmo sorte com a equipa que se apanha! Podia falar da minha experiência na MAC no primeiro parto mas não o vou fazer, digo apenas que desta vez não vou para lá!

Agora, se pudesse pagar? Teria a minha bebé no hospital da Luz que é um hospital que está muito bem preparado quer a nível do bloco de partos, da unidade de neonatologia e dos profissionais que integram o quadro porque continuo a dizer que é triste mas a verdade é que o dinheiro compra quase tudo e no privado se tiver de ser cesariana é, não se vão pôr a questionar o que aquilo vai custar ao hospital porque para eles é lucro!

7 comentários:

  1. Acho que cada um deve fazer como se sentir mais confortável. Ambas as opções são boas:-) O importante é que corra bem! Beijinhos

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  2. É preciso ter sorte tanto num como noutro!
    Um dia que esteja grávida, por mim vou para o público.

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  3. Olha, eu tive a minha filha no público e não quero outra coisa! Nem sequer tenho seguro de saúde porque acho que não preciso. E isto não é ser negligente, é ser pragmática. Fui mil vezes para as urgências, a achar que estava em trabalho de parto, e fui sempre bem tratada. Quando a minha filha nasceu fui muito bem tratada (e a equipa tinha lá uma ou duas bestas, mas nada de grave). Quando abortei fui muito bem tratada lá. Agora já lá fui três vezes e... nada a declarar! Na 1ª gravidez, nunca duvidei de que, se eu ou a bebé estivéssemos em perigo, fariam tudo para nos safar. Não sinto mesmo que fosse melhor tratada no privado. Aliás, o "meu" público, tendo sido renovado há pouco tempo, e não tendo luxos, é muito confortável. O pai não pode lá dormir. So what?

    Mas o "meu" público não é o hospital da minha área de residência... porque ir para esse... nem morta!

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  4. Pois, lá está, eu na minha 1ª vez não tive muita sorte e por isso desta vez já não vai ser na MAC, vai ser num hospital que também não é o da minha residência e onde já tive de ir a uma urgência e achei que não fica nada atrás de um hospital privado, fui super bem tratada mesmo estando a sala de espera cheia e quanto às instalações também achei muito boas (também teve uma renovação há pouco tempo, se calhar é o mesmo).
    Como disse não é o luxo que importa aqui, é mesmo o sentir-me segura e aí tenho sempre receio da equipa que vou apanhar no público porque a verdade é que nestas coisas tenho sempre azar, mas estou muito mais calma desta vez com a escolha do hospital.

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  5. Está certa numas coisas e errada noutras. Nos hospitais privados (concordo com aquela parte toda dos protocolos que referiu) nem sempre existem os cuidados necessários para crianças com problemas. Por exemplo, um serviço de neonatologia para crianças (muito) prematuras. Se escolher uma clínica que tenha este serviço, os riscos são menores. Quando o bebé precisa de ser transferido para um hospital público, a mãe não é. Se a mãe quiser, tem de pedir alta do privado e depois dar entrada como acompanhante do filho no outro hospital, onde não terá cama... apenas uma cadeira para dormir.
    Como falou em MAC e dps em hospital com obras recentes e com aspecto de privado, o que me veio à cabeça foi o H.S. Francisco Xavier. Se for esse e se o seu médico não faz lá partos, depende mto da equipa o tratamento q vai ter, mesmo em relação aos procedimentos (fazer cesariana, esperar, usar fórceps, etc).
    Já tive um filho num público... acho que, numa segunda gravidez, vou me aventurar num privado... mas tendo noção que os privados tb não são essa coisa toda que mtas vezes dizem.

    Felicidades e uma hora pequenina (que é sempre a melhor parte).

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  6. Concordo, há que escolher bem o privado porque há privados que nem que me pagassem mas disse uma coisa que acho muito importante é o poder ser seguida por um obstetra que faça serviço no hospital onde vai ser o parto, isso sem duvida que é meio caminho andado para tudo correr bem.

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