sábado, janeiro 28, 2012

Por vezes ser amigo não é suficiente



Se imaginarmos uma roda de pessoas a dançar não teremos dúvidas que fora da roda conseguimos ver melhor a dança, conseguimos admirar o que é bonito, conseguimos ver aquilo que quem rodopia não vê, descobrir o que quem ainda dança não nota e sobretudo temos a vantagem de conseguir, alheios ao meio envolvente, discernir o que de todo é mau, disfuncional, triste e até trágico!

E de que adianta isto??? De pouco, porque para alguém que está no meio, que dança, dá voltas e voltas num carrossel que sonha mágico e fica tonta uma e outra vez, nada do que se disser vai importar, nunca. Só quando esgotada a bailarina cai, quando perde as forças e se rende, exausta, ela pode dar-se conta de que nesse momento se olhar, se quiser olhar um minuto que seja, vai conseguir ver um pouco da dança agora do lado de fora também!

Quem observa não pode ajudar, forçar, pode quanto muito estar ali para o que for preciso, fazer sentir-se por perto, sempre!

Só do lado de fora se percebe quando uma dança é má, só do lado de fora se percebe que dançámos mal e que a culpa nem sempre é nossa, por vezes o par é coxo!

Só do lado de fora se critica tantas vezes e não se percebe como são possíveis certas coisas, porque só quem está a dançar é que ouve determinada musica.

Só quem já alguma vez esteve dentro da roda sabe como é não querer perceber e sabe que só quem está lá pode fazer algo para sair!

Ás vezes temos amigos na roda e por muito que queiramos não podemos ajudar!

3 comentários:

  1. É o mesmo que dizer, o que se passa no convento, só sabe quem lá está dentro. E tudo o que disseste é tão acertado e por vezes estamos fora da roda, mas muitas vezes dentro... bj**

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  2. Adorei e sinto muitas vezes que estou fora da roda sem conseguir ajudar... às vezes o sentimento de impotencia é bem lixado!

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