E se uma pessoa deixar de estar disponível?
E se passar a ignorar telefonemas quando sabe que do outro lado apenas vai ouvir falar de quem está desse mesmo lado e dos seus problemas e da sua isto e da sua aquilo e de tudo o mais que gire à volta do seu umbigo?
E se essa pessoa tiver muita vontade de falar e não lhe for dado espaço para isso nem quando precisa, nem nunca?
E se a pessoa achar de repente que tem de olhar de cima para ver quem esteve lá naquele momento em que procurou e perceber que afinal quem esteve não é quem está?
E se de repente uma pessoa passar a exigir mais de quem toma por garantido o outro lado? E se de repente uma pessoa chega à conclusão de que não tem a obrigação de ceder sempre e mudar a sua vida para que algo dê certo?
E se um dia a pessoa desiste e se cansa de se importar?
E se um dia de repente até já não apetecer à pessoa que as situações forçadas resultem?
E se a pessoa acordar e decidir que a partir daquele momento vai ser sobre e por ela também?
Vão achar que a pessoa é antipática? Tem mau feitio? Acordou com os pés de fora? Que mudou? Vão dizer que não entendem isto e aquilo?
Não digam!
Porque o “de repente” na verdade, esconde um tempo imenso!
percebo-te, e até podia dizer que me apetece escrever assim um texto para alguém que cá sei.
ResponderEliminar:/ força e segue o teu instinto, nao podemos ser sempre nós a ceder