Ando tão desanimada com a história da desarrumação das
miúdas que ontem em desespero, dei por mim a desabafar com o pediatra sobre as
minhas inúmeras e frustradas tentativas de lhes incutir o sentido de
responsabilidade e respeito pela restante família que também mora lá em casa e
não tem que levar com a bagunça delas.
Ele que deve estar farto de ouvir histórias destas e que até
tem uma filha mais ou menos da idade da Marta, a primeira coisa que fez foi dirigir-se
à minha filha mais velha num tom bastante sério, mas sem perder a calma que lhe
é característica, e dizer-lhe:
- Tu tens quase 10 anos, ninguém precisa de te dizer mil
vezes que tens que ser responsável pela desarrumação que crias e tens de
respeitar o espaço que não é só teu. Lá em casa todos têm de colaborar,
concordas?
Ela manteve-se calada. Quem cala consente, certo?
Depois lá me deu umas dicas para agir com a mais pequena e
ver se a coisa muda.
- Explicar-lhe a importância de ter um quarto limpo.
(já tentei, mas tive a atenção dela 10 segundos)
- Deixar que escolha onde e como arrumar alguns dos
brinquedos. (acho que ela está prestes a criar uma nova tendência chamada "decoração-messy")
- Não deixar que passe para a brincadeira seguinte sem
arrumar a primeira.
- Colocar de castigo se insistir em não arrumar. (contei-lhe
que ela não obedece aos castigos. Por exemplo se a castigar com o típico “ficas
aqui sentada” ela levanta-se e goza-me (literalmente!). Ele diz que
durante os primeiros castigos tenho de “fazer piscinas”, ou seja, ir atrás e
voltar a sentá-la até que um dia ela entenda.)
- Estipular um tempo de arrumação obrigatório sempre antes
de se deitarem para criar uma rotina.
E extremamente importante (falho tanto nesta):
- Nunca limpar eu o quarto.
Apesar de esta ser a solução rápida para a frustração e
ansiedade que tudo isto me provoca, ela nunca vai aprender a responsabilidade
de limpar depois de eu o fazer.
Vamos ver se resulta…………………
Eu faço isso que o teu pediatra aconselhou, não arrumo nada no quarto dela até nem se conseguir pôr o pé, ela já sabe que quando cruzo os braços e fico em modo de sentinela, é bom que me obedeça. E nem grito. Já não a ponho de castigo, chego é a pegar-lhe pela mão e junto a cada uma das coisas que habita o chão, baixo-me com ela para ela apanhar, quase que a obrigando, sem nunca a largar, ela ainda me pede ajuda e diz que está velhinha e chora e berra mas eu nem quero saber. E nunca, não é mesmo permitido lá em casa, andar com brinquedos fora do quarto salvo raras excepções, como o triciclo e o carrinho e só alguns livros que estão no w.c. E não me rala nada, há-de aprender mas terá de ser sempre ela a fazer. E o teu pediatra tem razão, se tiverem sempre tudo arrumado não darão valor porque não têm nunca de fazer nada, tu acabarás sempre por arrumar, fica garantido para elas. E essa dos castigos e das piscinas também funciona, acredita. Quando perceberem que estamos de plantão e que não as deixamos sair dali por nada, acabam por ficar.
ResponderEliminarBoa sorte e desejos de menos desesperos ;)
Beijocas nossas :)
desejo-te uma dose de muita paciência...
ResponderEliminarForça, vocês vão conseguir :)
Boa sorte e carradas de paciência mas não desistas!
ResponderEliminarAqui casa é igual.....principalmente na parte de lhe sentar de castigo.
ResponderEliminar:)