quarta-feira, outubro 16, 2013

As crianças e a organização (ou falta dela) - Parte II

Ando tão desanimada com a história da desarrumação das miúdas que ontem em desespero, dei por mim a desabafar com o pediatra sobre as minhas inúmeras e frustradas tentativas de lhes incutir o sentido de responsabilidade e respeito pela restante família que também mora lá em casa e não tem que levar com a bagunça delas.

Ele que deve estar farto de ouvir histórias destas e que até tem uma filha mais ou menos da idade da Marta, a primeira coisa que fez foi dirigir-se à minha filha mais velha num tom bastante sério, mas sem perder a calma que lhe é característica, e dizer-lhe:

- Tu tens quase 10 anos, ninguém precisa de te dizer mil vezes que tens que ser responsável pela desarrumação que crias e tens de respeitar o espaço que não é só teu. Lá em casa todos têm de colaborar, concordas?

Ela manteve-se calada. Quem cala consente, certo?

Depois lá me deu umas dicas para agir com a mais pequena e ver se a coisa muda.

- Explicar-lhe a importância de ter um quarto limpo. (já tentei, mas tive a atenção dela 10 segundos)

- Deixar que escolha onde e como arrumar alguns dos brinquedos. (acho que ela está prestes a criar uma nova tendência chamada "decoração-messy")

- Não deixar que passe para a brincadeira seguinte sem arrumar a primeira.

- Colocar de castigo se insistir em não arrumar. (contei-lhe que ela não obedece aos castigos. Por exemplo se a castigar com o típico “ficas aqui sentada” ela levanta-se e goza-me (literalmente!). Ele diz que durante os primeiros castigos tenho de “fazer piscinas”, ou seja, ir atrás e voltar a sentá-la até que um dia ela entenda.)

- Estipular um tempo de arrumação obrigatório sempre antes de se deitarem para criar uma rotina.

E extremamente importante (falho tanto nesta):

- Nunca limpar eu o quarto.
Apesar de esta ser a solução rápida para a frustração e ansiedade que tudo isto me provoca, ela nunca vai aprender a responsabilidade de limpar depois de eu o fazer.


Vamos ver se resulta…………………



4 comentários:

  1. Eu faço isso que o teu pediatra aconselhou, não arrumo nada no quarto dela até nem se conseguir pôr o pé, ela já sabe que quando cruzo os braços e fico em modo de sentinela, é bom que me obedeça. E nem grito. Já não a ponho de castigo, chego é a pegar-lhe pela mão e junto a cada uma das coisas que habita o chão, baixo-me com ela para ela apanhar, quase que a obrigando, sem nunca a largar, ela ainda me pede ajuda e diz que está velhinha e chora e berra mas eu nem quero saber. E nunca, não é mesmo permitido lá em casa, andar com brinquedos fora do quarto salvo raras excepções, como o triciclo e o carrinho e só alguns livros que estão no w.c. E não me rala nada, há-de aprender mas terá de ser sempre ela a fazer. E o teu pediatra tem razão, se tiverem sempre tudo arrumado não darão valor porque não têm nunca de fazer nada, tu acabarás sempre por arrumar, fica garantido para elas. E essa dos castigos e das piscinas também funciona, acredita. Quando perceberem que estamos de plantão e que não as deixamos sair dali por nada, acabam por ficar.

    Boa sorte e desejos de menos desesperos ;)
    Beijocas nossas :)

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  2. desejo-te uma dose de muita paciência...
    Força, vocês vão conseguir :)

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  3. Boa sorte e carradas de paciência mas não desistas!

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  4. Aqui casa é igual.....principalmente na parte de lhe sentar de castigo.
    :)

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