Toda a vida ouvi dizer que o silêncio também é resposta, a verdade é que nunca foi uma resposta que eu aceitasse com tranquilidade. Entre
a primeira e a última palavra dita, cabe um mundo e o que as pessoas não dizem,
a minha cabeça realiza!
Isto é algo que sempre me fez muito mal, mas que nem sempre percebi.
Arranjava desculpas para aquilo que não me diziam. Não me cabia na cabeça que
em vez de serem adultas e objectivas, escolhessem calar-se. Não queria acreditar que simplesmente
não se importavam.
Isto foi assim até há coisa de 5 anos, quando um silêncio que eu mascarava e desculpava se tornou ensurdecedor e eu fui acordada por mil despertadores dentro da minha cabeça e mil pés em cima de mim até conseguir pensar "pisa, mas quando eu me levantar, corre!".
Isto foi assim até há coisa de 5 anos, quando um silêncio que eu mascarava e desculpava se tornou ensurdecedor e eu fui acordada por mil despertadores dentro da minha cabeça e mil pés em cima de mim até conseguir pensar "pisa, mas quando eu me levantar, corre!".
Engraçado como só há pouco tempo percebi que uma das piores
experiências e desilusões da minha vida foi precisamente aquela que me mudou e
que hoje me dá a certeza de que a pessoa mais importante da minha vida tenho
mesmo que ser eu.
Continuo a não lidar bem com silêncios prolongados, mas já
os vou aceitando como resposta e não perco o meu tempo à procura de sentido naquilo
que não me dizem.
Se não está, se não faz, se não quer, se não diz, é seguir caminho com a
certeza de que não sou eu que saio a perder.
Não sei gostar assim assim, quando gosto das pessoas gosto mesmo e é por gostar cada vez mais de mim que não posso deixar por perto quem
não gosta, só suporta!
Simples, assim!