
O que é afinal o “click”? Dará para definir “click”?
Acho que não dá!
Como se pode definir um turbilhão de emoções que assalta
sem aviso e que nunca é fiel na forma como chega? “Click’s” até pode haver muitos, mas um dia vai haver um que vai clicar de forma diferente.
Num segundo o nada pode fazer-se muito, levar por um sorriso, por um olhar. Viajar. Acordar. Adormecer. Não
perceber e nem querer.
Deixar que os olhos se confundam com os que não
conhecem ainda muito bem, mas que seduzem sem saber.
A forma como se olha e como se é olhado. Não dá para desviar o olhar, mesmo que se tente. se calhar não se consegue. Prender no olhar, ser preso também.
Questionar, estranhar, desvalorizar mas sem conseguir acreditar.
A atracção inexplicável, química talvez. Eu não sei, tu não
sabes, ele não sabe, ela não sabe, haverá alguém que saiba? Tantas
respostas para outras tantas perguntas. O medo de encontrar as respostas.
Deixar-se levar pela forma como estamos, como nos falamos,
como agimos, como tocamos. Como tocamos enquanto falamos e como falamos
enquanto tocamos. Somos levados.
Quando falamos de, quando não conseguimos não falar de,
quando não conseguimos evitar um sorriso só de pensar em. Quando sentimos as
palavras e quando procuramos sentidos escondidos nelas.
Quando fechamos os olhos e sentimos o cheiro, o toque, todos
os traços de um rosto.
Quando procuramos os olhos que nos levam a viajar, quando
procuramos o sorriso que faz sorrir. Os lábios da doçura que queremos
saborear. Os olhos que beijam só de olhar.
Quando já não conseguimos pensar noutra coisa e quando
começamos a pensar que não queremos acordar, deve ser o momento em que o click entra em perigo eminente de curto circuito.
Há um grande "click" quando paramos para pensar e só queremos ter a tal pessoa perto, tão perto que se pode ouvir o bater do coração...
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