Sapatos à porta de casa!

Há algum tempo que ando a pensar criar o hábito de deixar sapatos à porta. 

Talvez a minha preocupação com a limpeza da casa seja exagerada, mas a verdade é que fico doida quando 5 minutos depois de aspirar e lavar, já o chão está todo sujo!

Não é preciso ser sábio para perceber que 80% do lixo que anda pela casa, vem agarrado aos nossos pés e convenhamos, quem é que gosta de andar sempre a dar uma de xepa de volta da faxina?

Pois bem, quanto menos sujarmos, menos temos que limpar!

Além da parte prática e higiénica desta medida, tenho sempre em mente que este é um costume japonês que significa não só a higiene física mas também espiritual. Oh, não custa tentar!

A verdade é que ainda que pense nisto há algum tempo, não sei bem por onde começar, como organizar a entrada de forma a mudança se torne praticável e também não quero impor esta prática às visitas, portanto ainda está em fase “Um dia…”.

Desse lado há adeptos desta prática? Têm sugestões para tornar este hábito em algo simples e que passe a tornar-se rotina do dia-a-dia?

Ando a tentar inspirar-me e por isso aceito todas as vossas dicas!

Fotos google images

Desistir é coisa de fracos?

Não concordo nada com a frase feita “só desiste quem é fraco”.  Há momentos em que não há mesmo outra opção e a fraqueza reside exactamente em continuar a chover no molhado.

Se perceber que tenho de abrir mão de alguma coisa, faço-o, até porque não sinto que isto por si só me defina ou limite de alguma forma.

Quando envolve relações interpessoais a coisa muda de figura. Sou sociável, crio empatia com relativa facilidade, mas são poucas [muito poucas] as que me marcam e que me fazem querer tê-las sempre por perto. Por isso mesmo, porque são raras as que me prendem, porque se contam pelos dedos de uma mão as que me dão vontade de estar, fazer, dizer, rir, falar, que me custa tanto quando é preciso desistir. 

E aqui sim, admito que tenho um problema. Quando me cruzo com alguém assim, quando gosto desta maneira especial, dou-me demais. Acabo por esquecer-me de mim e um dia acordo e percebo que afinal nisto das amizades, aquilo que um dá até pode ser imenso, mas nunca é suficiente se for dado sozinho.

  

Às vezes é preciso desistir de pessoas e a mim custa-me horrores.

E só há um motivo que me faz desistir de alguém que me muda para melhor mesmo sem saber, é a sua indiferença. 

Não desisti de pessoas assim muitas vezes, felizmente, mas sempre que tive de o fazer, as pessoas em causa não perceberam e nada fizeram para me mostrar que eu estava errada. E era preciso tão pouco. Acho que é a prova de que fiz a escolha certa.

Agora que penso melhor e depois de ler o que escrevi, talvez não seja desistir.

Talvez seja excluir-me quando percebo que não faz diferença eu estar ali ou não.

Marta a porquinha!

Um destes dias a minha filha mais nova não queria tomar banho. Como era fim de semana, não me chateei muito e disse-lhe:

- Ok Marta, tomas amanhã de manhã, mas tens que perceber que é preciso tomar banho sempre! Não podes ser porquinha!

Ficou uns minutos pensativa e foi dormir.

No dia seguinte, 8 da manhã, sou acordada por ela com abanões:

- Mãeeee, mãeeeeee, cheiro a porca?

Quem nunca? [Infância feliz]

* Quem nunca disse à mãe "Não doeu!" depois de apanhar, não sabe o que é pedir pra morrer!

* Quem nunca comeu leite em pó puro, não sabe o que é ser viciado em pó!

* Jogar a colher no lixo e o copo de iogurte no lava loiça, quem nunca?

* Quem nunca falou presidente ou presunto na altura de responder à chamada na escola, não sabe o que é desafiar uma autoridade!

* Quem nunca teve dor de barriga no autocarro a caminho da escola, não sabe o significado literal da expressão "cagando e andando"!

* Aquele mini ataque do coração quando na sala inclinávamos a cadeira toda para trás e num segundo perdíamos o controlo, quem nunca?

* Quem nunca disse "Vou contar à minha mãe" quando era criança, não sabe o que é intimidar alguém!

* Quem nunca escreveu na carteira da escola, não sabe o que é marcar teritório!

* Quem nunca planto feijão no algodão não sabe o que é ser agricultor.

* Quem nunca brincou às escondidas, bateu no coito e gritou “1,2,3 eu salva todos”, não sabe o que é ser super-herói!

* Quem nunca recebeu da avó para o enxoval, um atoalhado bordado com o seu nome, não sabe o que é ter uma marca registada!

* Quem nunca fez asneira e ouviu do outro lado do telefone a mãe dizer “quando eu chegar a gente conversa, não sabe o que é ter hora marcada para morrer!

* Quem nunca aproveitou que o jogo das escondidas à noite para brincar aos médicos, não sabe o que é ter segundas intenções!

* Quem nunca fez carrinho de plásticos velhos e foi descer uma rampa de alcatrão, não sabe o que é ter a primeira tatuagem nos joelhos!

* Quem nunca tocou à campainha e fugiu, não teve uma infância equilibrada! [Carlos Alves}

* Quem nunca brincou na lama não sabe o que é ser feliz! [Helder Trindade]

Pessoas fofinhas!

Há pessoas que ainda me conseguem surpreender pela positiva, o que nos tempos que correm é das melhores coisas que há!

Um destes dias chegou a mim uma encomenda vinda de miss Carpideira. 

Eu sabia que ela me ia enviar uns miminhos, mas nunca pensei receber tanto carinho numa caixa!

Estas fotos já não conseguem mostrar tudo porque aqui a totó de serviço, fiz o favor de não sei como apagar todas as fotos que tinha no telemóvel e perdi assim as que tirei no dia e que mostravam cada coisinha embrulhada com papel crepe e envolto em fita de cetim [esta miúda não brinca em serviço] mas dá para terem uma ideia! 

Escusado será dizer que as miúdas deliraram também com as pinderiquices para elas!

Roam-se de inveja e vão espreitar mais logo no instagram, estou a usar o verniz e o anel feito pela própria miss carpideira e estou completamente in love!

Obrigada miúda!

Para começar bem o dia!

Marta - Mãeeee a mana bateu-me!!

Eu - Não quero queixinhas!

Marta (depois de uns segundos a pensar) - Eu também bati a ela!!!




(isto de ser qualquer coisa chamada de poder de argumentação justificativa)

Mudança

As grandes mudanças não acontecem de repente, demoram e às vezes uma vida inteira não chega para que aconteçam, mas no momento em que a vontade deixa de ser só a certeza desse desejo e se torna  real com um primeiro simples passo, não há nada que a impeça de acontecer!

E há uma força inesperada que se arranca sem saber de onde. 

Mesmo sem apoio de ninguém, mesmo em silêncio e sem a compreensão de quem não sabe nada de nada, quem apenas acha que conhece o que vê. Mesmo que completamente à deriva e sem colete de salvação para a tempestade que se vai ter de atravessar. 

Há uma força inesperada que faz sorrir entre lágrimas porque depois de se subir o primeiro degrau, não há nada nem ninguém que nos impeça de chegar onde queremos.

A grandes mudança começam a tomar forma, quando se sente dentro do nosso coração que tem que haver algo mais. Que a sub felicidade não nos chega e que não conseguimos suportar mais um dia sem tentar chegar a tudo o que sabemos que merecemos. Quando uma escolha que noutro momento poderia ser errada, nos parece tão, mas tão certa. 

Mas a real mudança só começa da verdade, quando passa de vontade a acção. Quando se sobe o tal primeiro degrau e se pensa: 

"Agora é sempre a subir!"

Inspirações da cozinha #7

Desafiei a Sónia a partilhar aqui uma receita sua que me deixa a babar cada vez que olho para esta foto! 
Fiquei surpreendida pela facilidade da receita, acho que é a receita perfeita para recuperar esta rúbrica gulosa que anda tão parada!

Querem experimentar?

"O prazer da comida é o único que, desfrutado com moderação, não acaba por cansar!"

Anthelme Brillat-Savarin

Strawberry Chocolate Dream

Ingredientes

Massa folhada ( eu cortei em quadrados para doses individuais, mas podem fazer um grande e ai precisam de várias placas )

2 pacotes de natas

1 embalagem de chocolate de culinária

Modo de preparar

Fazer rectângulos com a massa folhada e levar ao forno.

Ganache de chocolate

Pegar num dos pacotes de natas à temperatura ambiente e colocar num tacho, levar ao lume até ferver, desligar. Juntar o chocolate e mexer bem até derreter tudo e ficar homogéneo. Reservar até arrefecer.

Bater o outro pacote de natas até fazer chantilly (eu uso ou natas vegetais ou em pó que montam bem)

Montar por camadas. Uma de massa, outra de chocolate com morangos ou outra fruta à escolha, mas massa folhada e chantilly e mais morangos, e fazer isto as vezes que quiserem.

Por fim poderão polvilhar com açúcar em pó ou uma geleia derretida em cima das frutas para dar um brilho.

* Mais inspirações em Ansiedades na cozinha

Alguém quer explicar??

A minha filha mais velha está de férias e por isso foi para casa dos avós. Na Sexta já deitada na cama e prestes a adormecer, a mais nova levanta-se de repente muito nervosa e me diz:

- A mana está a chorar porque quer a ti mãe!

Acalmei-a e lá adormeceu.

No dia a seguir chego a casa dos avós e dizem-me:

- Tens de conversar com a tua bichinha grande, ontem à noite fartou-se de chorar porque queria a mãe!

(depois não querem que eu me assuste com os amigos imaginários da mais nova? Agora até já adivinha coisas!)

Pareço normal.... Mas....

Na sexta feira acordei do contra e com vontade de fazer tudo o que me desse na real gana e sem querer saber de nada nem ninguém!

Peguei nos jeans rasgados e vesti-me.

Pensei para mim: - Quero lá saber que me olhem de lado no trabalho! Farta de preconceito! Vou muito melhor de calças rasgadas do que metade de muitos que usam roupa formal!

Acabei de me arranjar. Saí de casa. Peguei no carro. Andei 300 metros e voltei a casa para trocar de calças.

Diz que é Sexta!

A vida é sempre tão complicada, confusa, às vezes encalhada, que quando "batemos" em acontecimentos simples e não programados, estes acabam por se tornar tão perfeitos que queremos que não acabem nunca. Queremos ficar assim mesmo, na felicidade daquilo que é descomplicado porque percebemos que é só aquilo que afinal nos faltava. Era só aquilo que queríamos e nem sabíamos.

A vida é sempre tão complicada, confusa, às vezes encalhada, que há pessoas que devem apenas conformar-se com aquilo que vão ter dela. Não podem nunca iludir-se com simplicidades, porque para essas pessoas até o que parece básico, acaba num profundo assunto incompreensível.

É fazer por sorrir, porque um dia a gente aceita e passa a doer menos. Um dia...