quinta-feira, outubro 30, 2014

Sing me a song and tell me a story!


A vida vai torta
Jamais se endireita
O azar persegue
Enconde-se à espreita
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
Enquanto esperavas no fundo da rua
Pensava em ti e em que sorte era a tua
Quero-te tanto...
Quero-te tanto...
Têm-me dito que não devia trazer para o blogue tristezas e amarguras da vida, que isso lhe tira o glamor (ah ah ah glamor aqui?) e que depois perde o interesse e ninguém me convida para nada!
Lamento informar, mas o meu blogue sou eu, a minha vida e os que fazem parte dela e isso inclui disparates, desilusões, contratempos. Lamento se a vida não me tem corrido de forma brilhante. Lamento estar tantos dias sem escrever, não porque desisti dele em concreto mas porque me sinto a desistir de muita coisa na minha vida e ele vai de arrasto. Lamento se não consigo escrever para encher chouriços.Lamento se me custa mais do que esperava, perder pessoas que pensei ter por perto sempre. Lamento ir-me abaixo ao parar, olhar e perceber que se tudo acaba por dar errado sempre, talvez o problema seja mesmo eu. Lamento se nunca fiz nada que batesse certo, como diz a música. Lamento se não estive à altura do que algumas pessoas esperavam. Lamento tanto os últimos tempos.
Mas este blogue sou eu e nunca teve como objectivo render o que quer que fosse. Se me tem trazido algumas oportunidades? Tem! Se me tem trazido pessoas maravilhosas, sem dúvida! Mas se continuar a ter esse tipo de oportunidades, implicar deixar de ser o meu blogue pessoal, sincero e sem frescuras, a minha escolha vai ser abrir mão e não é dele, porque para isso teria de mudar de personalidade.
Agradeço de coração a quem continua desse lado apesar de tudo e fico feliz por todos os que têm vidas perfeitas.

*Letra
Circo De Feras 
Xutos & Pontapés


sexta-feira, outubro 17, 2014

Os miúdos crescem!


Só quem tem filhos e orçamento curto, sabe a complicação que as mudanças de estação trazem à vida familiar. Se nós adultos vamos adiando a compra daquelas botas que tanto precisamos, ou do casaco que pede substituição urgente porque se está a desfazer de dia para dia, com as crianças é muito difícil (para não dizer impossível) contornar ou remediar as camisolas  que "fogem à polícia", as calças que mais parecem calções e o calçado que além de completamente gasto, já começa a magoar.

Para complicar um pouco mais a minha situação pessoal, eu tenho duas filhas tremendamente pirosas que já só usam aquilo que lhes agrada e há alturas que me levam à loucura! Ainda assim e não tendo experiência pessoal de como será com filhos rapazes, tento imaginar e tenho para mim que deve ser bem mais complicado gerir a questão modelitos engraçaditos/ qualidade/ preço.



Comigo não há grandes segredos. A minha filha mais nova vai usando muita roupa que era da irmã ou da prima, felizmente! Com a mais velha já não há heranças boas destas e por isso a solução passa muito por procurar boas oportunidades. 

Adoro a roupa da zara, confesso. Perco horas a namorar tudo, mas compras por lá, são cada vez mais raras. Sou fã da Primark, da H&M, mas cada vez mais estou atenta a boas oportunidades que por vezes surgem de onde não se espera.

O Lidl tem como prioridade a família e tem sido aquela boa surpresa a cada visita. Foi lá que na semana passada comprei meias, fatos de treino e calções que ambas precisavam para a escola. Na verdade, começo a evitar levar as miúdas comigo quando lá tenho que ir porque é uma perdição para elas. 

Para quem tem crianças até dois anos está a decorrer desde ontem no Lidl a semana do bebé e da criança, onde podem encontrar óptimas oportunidades, não só ao nível de vestuário mas também brinquedos, alimentação, etc. Por aqui vamos ficamos a aguardar pelas próximas promoções!

E desse lado? Quais as lojas preferidas e dicas para contornar esta questão?

  

quinta-feira, outubro 16, 2014

Dedos de bruxa! (A pensar no halloween)

Hoje não é terça feira (dia em que normalmente aparecem por aqui aquelas receitas enviadas por pessoas inspiradoras), mas é o dia da alimentação e por isso este post até calha bem! 

Têm-me pedido a receita dos dedos de bruxa assustadores, que as minhas filhas levam sempre para a escola na altura do halloween e que fazem as delícias de todos e por isso, aqui está ela!

Esta receita está espalhada por mil e um sites, blogues e grupos na net, mas a primeira vez que a vi foi aqui e como tal, aqui ficam os créditos!


Dedos de bruxa

Ingredientes

100 gr de manteiga
100 gr de açúcar
2 ovos
1 colherzinha de açúcar baunilhado
350 gr de farinha
uma pitada de sal
50 gr de amêndoas cruas inteiras (para as unhas)
doce de tomate (ou outro vermelho para fazer o sangue)

Preparação Bimby

Colocar todos os ingredientes no copo e programar 30seg., vel.6 Levar a massa ao frigorífico enrolando em papel transparente de cozinha durante 30 minutos.
Aquecer o forno a 180º.
Separar um pouco de massa e dar-lhe forma de um dedo da mão. Pressionar firmemente com os dedos para dar forma de unha, pincelar com o doce e colocar em cima a amêndoa para formar a unha. Marcar três linhas na metade dos dedos da mão para criar uma espécie de nódulo. Repetir com o resto da massa. (foto).


Colocar as bolachas sobre a bandeja do forno untada (ou sobre papel vegetal ou tapete de silicone) e levar a cozer ao forno durante 20 minutos ou até que estejam douradinhas.

Preparação Tradicional

Numa tigela misturar a manteiga, o açúcar, os ovos, a farinha, o sal e a baunilha até que se forme uma massa. Juntar a farinha e amassar.
Levar a massa ao frigorífico enrolada em papel transparente de cozinha durante 30 minutos.

Preaquecer o forno a 180º.

Separar um pouco de massa e dar-lhe forma de um dedo da mão. Pressionar firmemente uma amêndoa num extremo para formar a unha. Pincelar com o doce e colocar em cima a amêndoa para formar a unha. Repetir com o resto da massa.

Colocar as bolachas sobre a bandeja do forno untada (ou sobre papel vegetal ou tapete de silicone) e levar a cozer ao forno durante 20 minutos ou até que estejam douradinhas.

 Experimentem, são sempre um sucesso!


BARRIGAS DE AMOR | Encontros "Vamos Ser Pais"



A BARRIGAS DE AMOR® continua a promover o ciclo de encontros, com o tema “Vamos ser Pais...”, marcando presença nas principais capitais de distrito: Algarve, Braga, Porto, Lisboa e Leiria.

Nestes encontros são abordados temas relacionados com a amamentação; criopreservação; questões várias sobre o sono do bebé; nutrição; segurança infantil (saber evitar acidentes no banho, na cama e no carro); sexualidade e outros.

Deixo-vos o Programa do Encontro "Vamos ser Pais" em Braga que se irá realizar já no dia 25 de outubro, sábado! 



Será uma tarde passada com especialistas de diversas áreas ligadas à Parentalidade, esclarecendo pais e futuros pais relativamente a duvidas e receios que aparecem na altura de constituir família. A não perder!

Importante: 


Os Encontros BARRIGAS DE AMOR® são gratuitos, mas as inscrições deverão ser feitas através do site: http://barrigasdeamor.iol.pt/vamos-ser-pais-inscricao/

Por Lisboa, encontramo-nos dia 08/11?

sexta-feira, outubro 10, 2014

Marta a doce!


A Marta é uma gulosa de primeira! 

Tudo o que seja rebuçados, gomas, pastilhas, quer experimentar e desconfio até que tem um qualquer alarme próprio que a avisa quando há doces na área. Só isso pode explicar como é que sempre que vou à despensa sorrateiramente (muitas vezes às escuras e quando acho que já está a dormir) apanho sustos de morte ao sentir uma mãozinha que me agarra a perna e uma vozinha que me pergunta de olhos a brilhar no escuro:

- O que vais comer mãe?

Ontem descobriu uma caixa de gomas que trouxemos da Grécia e quis logo provar, mas as gomas com sabor a rosa são tão mázinhas que nem a bichinha do açúcar gostou. O caixote do lixo estava sem saco e reparo que andava de goma na mão um bocadinho sem saber onde se livrar daquilo. 
Minutos depois diz-me da varanda:

- Mãe, porquinhos podem comer gomas, num é mãe?


* O porquinho da índia está bem e com os níveis de açúcar estabilizados :)




terça-feira, outubro 07, 2014

Mykonos… nem os Kardashians!

A viagem a Mykonos, como já tive oportunidade de contar, teve como objectivo principal o casamento de sonho da Filipa e do Tiago e foi por isso uma viagem feita em grupo. 

O grupo era composto maioritariamente por família e acreditem, se fossemos americanos, já tínhamos um programa manhoso num qualquer canal!

 A loucura começou logo às 3 da manhã, quando La famiglia acorda e vai de preparar-se para seguir até ao aeroporto. 

8 adultos, 5 crianças, muitas malas e a campainha a tocar.

Vizinho muito zangado à porta, chamando a atenção para o facto de nos estarmos a esquecer que havia mais pessoas no prédio a tentar imagine-se, descansar àquela hora!

Ninguém teve coragem de dizer nada além do óbvio pedido de desculpas, a não ser a minha sogra que disse:

- Não acho que tenhamos feito assim tanto barulho…..

(acreditem, fizemos! E ela ter provocado uma gargalhada a quase todos, não melhorou a nossa imagem perante o vizinho!)

Muita confusão de malas a sair e entrar no elevador, alguns atropelamentos e pisadelas  pelo meio depois, lá descemos. 

Enquanto se arrumavam bagagens no minibus  alugado para nos levar, eu e a minha sobrinha as duas adolescentes do grupo tentávamos perceber qual o melhor ângulo para tirar a nossa primeira selfie!

Tirámos umas 100. Conseguimos aproveitar esta:


E não resisto a mostrar uma das que correram mal (acham que a Marta estava com sono?):


Chegados ao aeroporto da Portela, depois das malas despachadas e já com as restantes pessoas que completavam o grupo, fomos tomar o pequeno almoço. Uns foram pedir cafés, outros sentaram-se em 5 mesas e começaram a tirar dos sacos as sandes, chamuças, rissóis e bolo da noiva que sobrou do dia anterior!

Pequeno almoço tomado e estávamos prontos para entrar no primeiro avião (tínhamos três voos pela frente) e a loucura a sério teve ínicio quando o avião começa a ganhar altura e a Marta desata a gritar (como faz sempre, no gozo):

- O avião vai cair! O avião vai cair! O avião vai cair!

(Se por acaso andar por aqui algum dos passageiros que tiveram a infelicidade de partilhar voo connosco, eh pah peço desculpa)

Não tenho grande coisa para contar relativamente ao tempo que estivemos dentro dos aviões. Os meus minutos foram passados a fazer aquilo que comparo ao desafio que deve ser tentar enfiar um polvo numa cadeira de bebé e pedir que sossegue um pouco! Basicamente o meu objectivo a cada voo, era chegar ao que podem ver na foto seguinte, o que acontecia sempre poucos minutos antes de ouvir o comandante dizer:

- Srs. passageiros, vamos aterrar dentro de minutos!


Chegámos ao resort por volta das 21h00 (hora local) e como bons portugueses que somos, já tínhamos idealizado e combinado entre nós como ficaríamos distribuídos pelos apartamentos/ quartos.


Foi difícil explicar à madame Vénia que não trazíamos hóspedes clandestinos na bagagem e por isso lá tivemos que ficar como ela queria, para desilusão das crianças que queriam ficar juntas.

Ninguém nos tira da cabeça que a madame Vénia ao ver um grupo tão eclético (brancos, pretos, mestiços, cães, burros...) pensou: 

Ai meu Deus, que estes estão a fingir que são noivos mas afinal são da mafia russa e estão a fazer contrabando de imigrantes ilegais! Só isso explica que sejam portugueses a viver em Angola e que tenham escolhido o meu hotel na Grécia para casar!"

Às 21h15 estávamos 18 adultos e 5 crianças a entrar no restaurante do resort ao lado (que era o único local onde comer ali perto e fechava às 21h30) a dizer:

- É para jantar por favor!

O olhar desesperado daquelas empregadas de mesa e restante staff do restaurante cada vez que nos viam chegar, ainda me deixa com um certo peso na consciência!

A mesa do restaurante que usávamos como chapeleira!


A Marta que fazia questão de deixar os outros clientes constrangidos!


A foto possível no primeiro jantar! 


Os pequenos almoços eram tranquilos e acho que nos portámos bem.... não percebo porque é que a madame Vénia fazia questão de estar lá a olhar para nós como se nunca tivesse ido ao circo!




Alugámos carros e motos, mas ficámos tão deslumbrados com o resort, que nem nos apetecia ver mais nada (pobre é uma raça!), mas ao segundo dia lá nos decidimos a ir conhecer a ilha. 

Dividimo-nos pelos carros/ motos e lá partimos à descoberta.

Assim que parámos na primeira praia, o meu sogro diz:

- Praia? Vêm para a praia? Eu se soubesse que era para vir para a praia, tinha ficado no hotel! 

Fomos parando em algumas outras praias e aquilo que começou por dizer num tom de voz mais ou menos normal, começou a repetir assim vá, a gritar (aqui já devia estar já com os níveis de açúcar alterados):

- Porra pah, eu não quero ir para a praia! Olha que merda ãaa!!

Na terceira praia alguém lhe disse o que precisava de ouvir:

- Estamos numa ilha senhor! Como não quer praia?

A seguir voltámos para o resort...


Para que consigam perceber um pouco melhor os episódios seguintes, convém dizer-vos que a minha filha Marta esteve no auge do seu feitio especial. Feitio esse que se destacava ainda mais porque as outras crianças eram mais calmas.


Entre aquele almoço no restaurante onde os clientes eram na sua maioria, casais gays que deram as mãos assustados, quando eu já no meu limite, sentei a Marta e gritei:

- Com os filhos dos outros também eu sou boa mãe! 

E aquele jantar onde discutimos uns com os outros para sentar, para fazer pedidos, para comer, para beber, para pagar.... até ouvir o empregado dizer:

- Vocês discutem muito, mas ainda não partiram nada, por isso não se comparam aos gregos!

A Marcia ia fazendo amigos!


Nota* se virem o "Zé Manel" por aí, digam que andamos à procura dele e que o facebook que nos deu, é falso!


Este "Zé Manel" era italiano e precisava de colinho. Olhou para nós, identificou-se (a loucura sente-se entre iguais) e saltou para a Márcia!

Mas desenganem-se se pensam que só a Márcia foi o centro das atenções! Os homens do grupo fizeram o maior sucesso na ilha e ninguém me tira da cabeça, que se não tivessem fugido a sete pés do bar onde estiveram na noite da despedida de solteiro, quando um rapazito se meteu de quatro e simulou um orgasmo, só tinham regressado a Portugal as mulheres deste grupo!


Ainda voltando à Márcia, lembrei-me agora do "deus grego" que vimos pela primeira vez no restaurante (sim, fingi tirar fotos à minha filha para o apanhar e fui super discreta.) e reencontrámos na praia, naquele dia em que fomos só gajas. 

Estava ao nosso lado com a namorada e nós jurávamos a pés juntos que eram italianos. 

Ela deitada na toalha, ele na água e nós a falar deles! 

Estranhámos quando ela lhe fez um sinal e irritada se levanta e abandona a praia. 

Quando ele vem atrás da Marcia e ficam horas os dois a falar, percebemos que eram espanhois e que tinham entendido a nossa conversa todinha! 

A verdade é que ele se estava a borrifar para a namorada  e se a Márcia tivesse deixado, tinham ido ver as estrelas!
Eu cá acho que ela só não foi porque teve medo que aquilo tivesse sido uma combinação entre ele a namorada, a verdadeira interessada

Não vou falar do escândalo que fazíamos faziam as crianças cada vez que viam alguém nu numa praia (o que por ali, era banal)!

Mas também não fiquem agora a pensar que somos assim tão doidos e espalhafatosos! Por exemplo o dia do casamento correu lindamente!





Ahhhhh..... espera..... estava a esquecer-me do momento em que os noivos e padrinhos acharam que era bonito lançar balões de fogo e por muito pouco não incendiaram a casa ao Demitri (funcionário do resort).


Na última noite passada em Mykonos já não tínhamos transporte para sair do resort e por isso ficou combinado que terminaríamos como chegámos. A jantar no único restaurante existente, o do resort ao lado.

A mesma turma a entrar, a mesma confusão de sempre, mas desta vez duas empregadas vieram ao nosso encontro e olhos a brilhar eram olhares vingativos, juro  e disseram:

- Hoje não servimos jantares, temos um evento!

Acho que depois do que vos contei, conseguem imaginar o caos!

Todos aos gritos de um lado para o outro, esfomeados e sem conseguir encontrar alternativa, a não ser jantar os amendoins do mini-bar.

O noivo lá apareceu com um folheto de uma pita house e toca de ligar a encomendar. Só que a chamada estava má, uma portuguesa e um grego a falar ao telefone em inglês, o grego que só dizia: 

- i'm busy, i'm busy

E ficou a dúvida. Será que iam fazer a entrega?

Não arriscámos e ligámos para outro restaurante a pedir pizzas.

Meia hora depois, tínhamos 16 pitas, 8 pacotes de batatas fritas, 2 frangos e 8 pizzas na mesa.

No dia seguinte arrancámos para o aeroporto de Mykonos e depois de malas despachadas, fomos tomar o pequeno almoço.

Uns pediram cafés, outros sentaram-se em 5 mesas e tiraram do saco as pizzas e pitas da noite anterior. 
























































domingo, outubro 05, 2014

Os brincos da Marta!

A minha opinião sobre furar ou não as orelhas às minhas filhas, sempre foi muito clara. A escolha só poderia ser delas!

A Camila  pediu para furar as orelhas aos 5 anos. A Marta ainda não tinha feito os 4 e já mostrava vontade de o fazer. Chegámos a ir duas vezes à loja, mas desistiu sempre. 

Ontem andávamos a fazer compras, passámos na Claire's e ela entrou disparada a dizer que queria furar as orelhas. Achei que fosse acontecer como das outras vezes, mas a bicha estava mesmo decidida e foi desta!

As duas funcionárias foram amorosas e o processo super rápido, sendo as duas orelhas furadas em simultâneo e segundo a bichinha valente, sem dor!

Agora está ainda mais gira, verdade? :)





Se quiserem espreitar os vídeos, estão no Instagram!



quinta-feira, outubro 02, 2014

Coisas que só uma amiga de verdade te pode dizer!

Recebi esta lista por mail e confesso que fiquei com saudades de outros tempos...



1- Podes vomitar, eu seguro-te o cabelo. Não te preocupes que a porta da casa de banho está fechada, ninguém te vê!

2- Eu avisei-te!

3-  Estás doida? Nem penses que te vou deixar fazer isso!

4- Se ele não te quer, só pode ser gay ou parvo!

5- Vamos ali pro canto para ninguém te ver chorar.

6- Não gosto de te ver essa roupa, tira!

7- Tu és muito mais bonita do que ela! Mas de longe!

8- Ele não te merece.

9- Só vou se tu fores. Não tenho dinheiro. Eu pago. Vamos!

10- Estás gorda, e o teu cabelo está horrível.

11- Não falo o que queres ouvir, e sim o que acho que é melhor para ti.

12- Manda-me a conversa.

13- Se vais deprimir por causa dele, dou-te dois pares de estalos!

14- Se te der vontade de falar com ele, fala comigo!

15- Ele está feio nesta foto, mas eu juro que ele é bonito.

16- Diz que vens dormir a minha casa!

17- Olha agora, mas disfarça!

18- Eu odeio-te, sua cabra!

19- Esquece esse gajo, vamos sair e divertir-nos.

20- Acho que estás errada, mas estou contigo!



Se tens uma amiga que já te disse isso, parabéns, ela é verdadeira e merece que partilhes isto com ela!

quarta-feira, outubro 01, 2014

Sing me a song and tell me a story!

Em tempos que já lá vão, ainda a blogosfera era terra desconhecida para muita gente, tive (ainda tenho, inactivo) um blogue chamado "Sing me a song, and tell me a story!". 

A ideia era falar de mim, da minha vida, de tudo e mais alguma coisa, mas sempre com uma música associada a cada post/ momento. 

Hoje a propósito do dia da música que se comemora, lembrei-me dele e como gostava de voltar a escrever com banda sonora e tive vontade de criar uma nova rúbrica, chamada precisamente, "sing me a song, and tell me a story!", mas gostava muito que fizessem parte dela! 

Um texto por semana. Curto, longo, assim assim, a escolha é vossa! Letra da música (ou apenas uma parte da letra) escolhida a acompanhar.

Isto para o mail: sexo.ansiedade@gmail.com

Para perceberem a ideia e a dar o pontapé de saída, fui recuperar uma das minhas histórias publicadas no blogue, há muiiitoooo tempo!

Posso contar convosco?


(publicado em 2000 e troca o passo...)

The world was on fire and no one could save me but you.
Strange what desire will make foolish people do.
And I never dreamed that I'd meet somebody like you,
And I never dreamed that I'd lose somebody like you.

No, I don't wanna fall in love
No, I don't wanna fall in love
With you
With you

What a wicked game to play
To make me feel this way
What a wicked thing to do
To make me dream of you
What a wicked thing to say
You never felt that way
What a wicked thing to do

To make me dream of you


Estávamos em 1992. Agora que penso, meu Deus! Já passou tanto tempo!

Eu fazia 17 anos e como me diziam a toda a hora, casava os anos!

“- Prepara-te, é um ano muito especial! 17 anos no dia 17. Vai mudar a tua vida!
Só casamos o aniversário uma vez na vida!”

Lembro-me de me estar a borrifar para aquela treta e achar uma seca ter que ouvir aquilo a toda a hora.

Mas estava tão feliz naquele dia!

Estive sempre feliz nos meus aniversários! 

Mas aquele dia foi tão especial. Aquele ano foi de facto a mudança da minha vida, se bem que só mais tarde percebi isso.

Assim que passei o portão da escola levei com um pastel de nata na cara!

Era tradição por aquelas bandas e lá fui eu para a casa de banho lavar aquela nojice o mais rápido que pude para que fosse vista pelo menor número possível de pessoas.

Saí da casa de banho e estavam mais três á espera. Toma lá e caladinha!

- “deixa lá Niky, faz bem á pele! Além disso tu és a que não deixa escapar o aniversário de ninguém em branco!”

Ricas amiguinhas eu tinha! (Que saudades!)

Ficou combinado que depois das aulas iríamos até ao parque beber umas cervejas para comemorar. Na verdade nunca precisámos de motivo para ir ao parque, mas naquele dia funcionou como mais um pretexto para estarmos todos juntos a fazer das nossas.

Ao chegar ao parque tive a maior prenda do dia ao ver o meu apaixonado da altura sentado no banco a sorrir para mim. A maior prenda rapidamente se transformou em maior vergonha da minha vida, quando levei com uma bomboca na cara mesmo ali ao lado dele! 

Esta não teve graça nenhuma e ela não sabe, mas nunca perdoei a Lígia por isto!

Depois de lavar a cara regressei e só ele me esperava, sentado na acelera.

Lembro-me como se fosse hoje de cada palavra (poucas), do primeiro beijo (rápido), da roupa que ele estava a usar e do meu casaco branco que ficou preto. 

Lembro-me de cada traço, da expressão, da cor dos olhos que mudava constantemente, da pergunta á qual nunca consegui responder. Só não me consigo lembrar porque morreu ainda quando estava a nascer e só não percebo porque não vivi mais aquilo que me parecia perfeito.

Acho que a magia do primeiro (grande) amor está também nas coisas que não conseguem ser explicadas.

Depois deste dia e depois de ter estado 2 ou 3 meses de castigo porque cheguei da escola ás 9h3o no dia do meu aniversário, não me recordo de muito mais. Lembro-me dele algumas vezes, assim como me lembro de amigos especiais que fui perdendo pelos mais variados motivos. 

Que será feito deles? É a vida, não é?

Lembro-me também da nossa escola que já nem existe. Que saudades que tenho da inocência e das coisas boas dos tempos de escola!

17 anos, 1992…

Este foi sem duvida o ano que definiu o caminho da minha vida. Mas essa é uma história interminável e que por isso merece outro post!



 *Letra
Chris Isaak
Wicked game