quinta-feira, novembro 19, 2015

E morreram felizes para sempre...


21H30, pavilhão 30 do Hospital Júlio de Matos. O público é divido e convidado a entrar em duas celas psiquiátricas.

É proibido falar, o uso de máscara obrigatório e os risinhos nervosos de quem não sabe bem ao que vai, começam a ouvir-se.

O espectáculo começa e percebemos que durante 100 minutos vamos deambular corredor fora, escada a cima, escada a baixo. O fumo começa a intensificar-se, a música ensurdecedora e louca entra de imediato na nossa mente, os cheiros de cada pessoa misturam-se com o cheiro a éter, não demorando muito até entrarmos verdadeiramente no espetáculo e acabarmos por quase nos tornar também psicóticos, em busca das personagens e de cada uma das cenas!

Esta peça é um crossover entre a tragédia amorosa de Pedro e Inês de Castro e a invenção da lobotomia transorbital por Egas Moniz, onde somos convidados a traçar o nosso próprio percurso e a seguir as personagens, não esperem por isso uma peça de teatro convencional onde se sentam numa cadeira e assistem ao espectáculo. 

Aqui o espectáculo inicia-se com as personagens todas juntas, mas depois disto, cada uma vai deambulando pelas 27 salas e somos livres de seguir os actores, percorrendo diferentes cenários, ousando descobrir passagens secretas! A dado momento damos por nós na mesma sala onde tudo começou e a cena repete-se. Neste momento já percebemos que agora há que seguir personagens diferentes! Mas acreditem, uma vez não dá para acompanhar todas as personagens e seguir todas as cenas. 

A carga emotiva gigante e constante, as cenas de sexo e loucura fortíssimas e marcantes, o elenco com actores brilhantes, o cenário e o ambiente tornam esta experiência imperdível!

Não fosse o preço de cada bilhete e ia pelo menos mais uma vez!

Caso tenham ficado curiosos, apressem-se porque a última sessão é no dia 19 de Dezembro!

Saibam mais AQUI , AQUI ou AQUI

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