De vez em quando preciso de renovar a esperança. Preciso de ir mais um bocadinho ao fundo do meu coração e trazer a certeza de que não sou eu que estou errada por sentir demais.
Fecho os olhos e convenço-me que os pressentimentos negativos e sonhos estranhos que sempre parecem avisar-me, desta vez são só cansaço. Esforço-me por fazer aquilo que faço desde os tempos de miúda em que me sentia perdida e invisível ao mundo, e digo para mim "Podia ser pior... levanta a cabeça!". Esqueço-me de mim e dos meus fantasmas, porque há sempre alguém que precisa mais da minha atenção e da minha força.
Fecho os olhos e convenço-me que os pressentimentos negativos e sonhos estranhos que sempre parecem avisar-me, desta vez são só cansaço. Esforço-me por fazer aquilo que faço desde os tempos de miúda em que me sentia perdida e invisível ao mundo, e digo para mim "Podia ser pior... levanta a cabeça!". Esqueço-me de mim e dos meus fantasmas, porque há sempre alguém que precisa mais da minha atenção e da minha força.
"Podia ser pior!", "Há quem esteja em pior situação!", "A vida não é fácil para ninguém!", "A Cristina precisa de mim neste momento, do meu problema trato depois...".
É assim que me lembro de ser sempre, sem muito tempo para me dar atenção, para me lamentar de todas as merdas que a vida me tem atirado à cara. E a vida tem-me atirado muita merda à cara. Foi assim que me isolei muitas vezes e é assim que me vou afastando porque cresci a convencer-me que tenho que aguentar tudo, por mim e pelos outros.
E estou cansada de me armar em super mulher que aguenta tudo. Já não consigo aguentar mais nada, na verdade.
E no meio do cansaço aumentado por todas as merdinhas que vão aparecendo, na tentativa de não continuar a guardar para mim o que me incomoda, torno-me talvez um problema para os outros e chego à conclusão que o melhor é continuar como sempre, quieta e calada no meu canto, mesmo que isso vá acabando comigo um bocadinho mais todos os dias.
É assim que me lembro de ser sempre, sem muito tempo para me dar atenção, para me lamentar de todas as merdas que a vida me tem atirado à cara. E a vida tem-me atirado muita merda à cara. Foi assim que me isolei muitas vezes e é assim que me vou afastando porque cresci a convencer-me que tenho que aguentar tudo, por mim e pelos outros.
E estou cansada de me armar em super mulher que aguenta tudo. Já não consigo aguentar mais nada, na verdade.
E no meio do cansaço aumentado por todas as merdinhas que vão aparecendo, na tentativa de não continuar a guardar para mim o que me incomoda, torno-me talvez um problema para os outros e chego à conclusão que o melhor é continuar como sempre, quieta e calada no meu canto, mesmo que isso vá acabando comigo um bocadinho mais todos os dias.