Aos que ainda me olham com alguma pena nestas alturas eu tenho que dizer que não tem que ser assim e que no nosso caso não é mesmo!
É certo que igual nunca será e perdem-se algumas tradições e é natural que as crianças se lembrem dos Natais passados e em algum momento pensem como era quando estavam todos juntos, mas com bom senso e principalmente o amor dos pais que os coloca sempre em primeiro lugar, com o tempo adaptam-se à nova realidade.
A verdade é que perderam a família nuclear, mas a restante mantém-se e isso deve ser uma referência para eles.
Natal é família, não é só Pai e a Mãe!
São os avós, o tios, os primos e toda a família de coração que ganham quando as famílias se recompõem!
Nos primeiros Natais depois do divórcio, achámos que o melhor para todos seria num ano passarem o 24 com o Pai e o 25 com a Mãe e no seguinte trocar, mas este ano chegámos à conclusão que as coisas deviam mudar, já que esta realidade não nos permitia sequer sair de Lisboa, visto que no dia seguinte lá tinham as miúdas de andar de casa em casa.
Com o acordo delas o Natal passa a ser um ano com a Mãe e outro com o Pai e isto aplica-se igualmente à passagem de ano.
Escolheram passar este Natal com a família do Pai, até porque no próximo teremos por cá a nossa menina Jesus e elas não querem perder o seu primeiro Natal.
Não posso dizer que não senti a falta de toda a agitação durante a noite que é tão mágica para elas, da alegria ao rasgar papel de embrulho, mas sabendo que estavam felizes do outro lado do amor, eu estive feliz também e no final de contas, acabámos por ter Natal duas vezes. ❤